PDF《PESQUISA》

25 pregnant women assisted by a public reference service in inner S?o Paulo State. The technique of theCollectiveSubject'

sDiscoursewasutilizedfordataanalysis. It was verified that the choice for late pregnancy was related to the woman'

s desire to consolidate their relationships in new marital partnerships, to financial stability and to the couple'

s maturity. The women represented late pregnancy as a positive experience if previous planning including their partners'

involvementhadoccurredandif theeventhadbeenwell-accepted by their families. Without meeting such conditions, the representations are filled with negative feelings connected to pain,sufferinganddeath.Theconclusioninthisstudyemphasizes the importance of public health care services'

taking these aspects into consideration. Cristina Maria Garcia de Lima Parada

1 Experience of pregnancy beyond

35 years of age of women with low income Keywords: Pregnancy;

Pregnancy High-risk;

Maternal Age;

Qualitative Research;

Income;

Women'

s Health. Vera Lúcia Pamplona Tonete

2 Palabras clave: Embarazo. Embarazo de Alto Riesgo. Edad Materna. Investigación Cualitativa. Renta. Salud de la Mujer. Esc Anna Nery Rev Enferm

2009 abr-jun;

13 (2): 385-92

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386 Gravidez após os

35 anos Gravidez após os

35 anos Gravidez após os

35 anos Gravidez após os

35 anos Gravidez após os

35 anos Parada CMGL, Tonete VLP INTRODU??O Sabe-se que a gravidez afeta a mulher de uma forma que transcende as divis?es de classe, permeando todas as suas atividades: educa??o, trabalho, envolvimento político-social, saúde,sexualidade,suavidaeseussonhos1 .Aomesmotempo, estaexperiênciaéinfluenciadaporinúmerosfatores,dentreos quaissedestacamascircunst?nciasdevidapessoal,asitua??o maritaleascondi??essocioecon?micas,assimcomoascren?as e valores culturais a ela relacionados2 . Este estudo volta-se à gravidez em mulheres com mais de

35 anos de idade (gravidez tardia), devido a sua signific?ncia epidemiológica e demográfica no contexto nacional. Em especial,priorizou-seagravideztardiaemmulherescombaixa renda,pelapossibilidadede,nestascondi??es,haveraspectos complicadores para a sua resolu??o adequada, no que se relacionaaosservi?ospúblicosdesaúde. Historicamente, no Brasil, como em todo mundo, existem mulheres que engravidam tardiamente. Entretanto, desde as últimas décadas do século XX, tem-se observado um número crescente de mulheres que passam por essa experiência com mais de

35 anos3 . A análise de séries históricas evidencia um relativo aumento de primíparas nesta faixa etária4 . Contudo, quando se analisam as características obstétricas gerais das parturientesmaisidosas,aindaseverificaapredomin?nciade multíparas, sendo que apenas cerca de um ter?o daquelas experimenta estreia funcional3 . Este fen?meno demográfico tem sido atribuído, basicamente, ao aumento no número de mulheres que se vinculam ao mercado de trabalho, indicando que a atividade produtivaforadecasasetornout?oimportanteparaelasquanto à gravidez e o cuidado com os filhos5 . De fato, se antigamente eraconferidaàmulherafinalidadesocialdaocupa??odoméstica n?o remunerada, fazendo com que seus principais objetivos fossemcasareterfilhos,hojeemdia,asitua??oestábastante diferente. Cada vez mais as mulheres, de todos os níveis socioecon?micos,assumemopapeldechefesdefamíliaoutêm necessidadedecomplementarosustentodolar6 ,oqueacaba pordeterminaroadiamentodareprodu??ofeminina.Aliadasa esta transforma??o social, a melhor situa??o econ?mica das famíliaseapossibilidadedeobteremsuporteparaaausência materna do lar s?o fatores que se relacionam ao aumento da popula??o de mulheres que optam pela gravidez mais tardiamente6 . Deve-se ressaltar que as condi??es acima apontadas implicaramapossibilidadedeadiaragravidezparaoconjunto de mulheres em geral, inclusive para aquelas que se inserem em camadas sociais de baixa renda que, na perspectiva financeira,desdecedosevêemnaobriga??odecontribuircom arendafamiliar,sejarealizandoumtrabalhoremunerado,dentro ouforadolar,e/ousededicandoaoscuidadosdomésticospara facilitar a vida dos outros membros de sua família que contribuem com a referida renda. Pela associa??o baixa qualifica??oesobrecargadefun??esdomésticas,asmulheres economicamente mais carentes em geral apresentam mais dificuldades em conseguirem e manterem-se empregadas em trabalhoremuneradoquepropiciecondi??esadequadasparaa ocorrência concomitante da gravidez, o que certamente pesa no adiamento da sua op??o para quando se sentirem seguras nestesentido.6 Alémdoaspectosocioecon?micocitado,osprogressosnos conhecimentossobrereprodu??oartificialesuadisponibiliza??o para a demanda dos servi?os de saúde, tanto privados como públicos, est?o permitindo que as mulheres pertencentes a diferentes camadas sociais concebam e se tornem m?es com mais idade, inclusive na perimenopausa7 . A própria existência e a qualifica??o de servi?os de aten??o à maternidade em idades extremas, por sua vez, parecem estar estimulando as mulheres mais velhas a tomarem a decis?o de engravidar6 Sob o ponto de vista epidemiológico, a literatura científica tem apontado um risco maior de complica??es nas gesta??es tardias,incluindoahipertens?oarterial,apresenta??oan?mala, diagnósticodesofrimentofetalintraparto,partoporcesáreae hemorragia puerperal8 . Um estudo realizado em uma capital brasileira sobre a distribui??o do parto vaginal e da cesariana evidencioualtaconcentra??odecesáreasentremulherescom maisde35anos,oquefoirelacionadoaofatodeessasmulheres apresentarem maior risco para algumas patologias graves associadas à gravidez, como diabetes e doen?a hipertensiva específica da gesta??o, que podem exigir a interrup??o da gesta??o antes da matura??o fetal9 . Um estudo realizado no suldoPaís,compopula??odebaixarenda,revelouqueaidade materna maior que